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29 de novembro: três anos da tragédia da Chapecoense

No dia 29 de novembro de 2016, o avião que levava o time da Chapecoense caiu nas proximidades da cidade de La Ceja, na Colômbia. A tragédia que deixou 71 mortos, entre jogadores, comissão técnica, jornalistas e convidados, completa três anos nesta sexta-feira.

Seis pessoas sobreviveram ao acidente do Voo LaMia 2933. Da delegação do clube estão o lateral-esquerdo Alan Ruschel, o goleiro Follmann e o zagueiro Neto. Além dos atletas, a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de tripulação Erwin Tumiri, ambos de nacionalidade boliviana, também estão entre os sobreviventes.

O jornalista brasileiro Rafael Henzel, único profissional da comunicação que sobreviveu a queda, morreu em 26 de março deste ano após sofrer um infarto enquanto jogava futebol na cidade de Chapecó.

Nesta sexta-feira, o clube, familiares e a prefeitura de Chapecó promoverão homenagens às vítimas, no átrio Daví Barella Dávi, espaço entre as alas Norte e Oeste da Arena Condá. No local, lírios da paz serão plantados com o nome das vítimas. Também haverá uma caminhada do estádio até a Catedral Santo Antônio, com a presença de torcedores e líderes religiosos.

Dos três atletas sobreviventes, apenas o lateral-esquerdo Alan Ruschel está em atividade como jogador profissional.

Alan Ruschel
Seu retorno aos gramados aconteceu no dia 7 de agosto de 2017, contra o Barcelona, no Camp Nou, e foi ovacionado pela torcida. O lateral-esquerdo marcou seu primeiro gol, após o acidente, em janeiro deste ano, na partida entre Chapecoense e Hercílio Luz, pelo Campeonato Catarinense. Desde 21 de agosto de 2019, Alan defende a camisa do Goiás, e está na equipe em contrato por empréstimo.

Após a Chape ser rebaixada para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, na última quarta-feira, o lateral, de 30 anos, lamentou o primeiro rebaixamento desde que a equipe conquistou o acesso para a Série A, em 2013.

Em entrevista à TV Globo, na beira do gramado, após a partida entre Internacional e Goiás, o jogador afirmou que dar sequência à carreira em outro clube era preciso para mostrar que ainda pode jogar em alto rendimento.

“Minha vida precisa continuar. Consegui voltar a jogar em alto rendimento, estou jogando num grande clube, que está brigando por vaga na Libertadores. Fico triste pela Chapecoense, pela torcida e pela cidade, que sempre torceu por minha volta”, disse.

Neto
O zagueiro Neto foi o último sobrevivente a ser resgatado após a queda do avião. O defensor continua em seu trabalho diário para voltar a jogar profissionalmente. Neto passou por procedimentos cirúrgicos nos joelhos, no nariz e no crânio. Atualmente tem contrato com a Chapecoense e realiza treinamentos e fisioterapias para retomar aos gramados.

Neto, de 34 anos, voltou a treinar com a bola em março deste ano, mas ainda sofre sequelas do acidente e não atuou desde então. Seu contrato com a Chape vai até 2021.

Em outubro, o zagueiro e as viúvas das vítimas foram até Londres, na Inglaterra, protestar em frente às sedes da corretora de seguros Aon e da seguradora Tokio Marine Kiln. A cobrança se deve ao não pagamento das indenizações pela queda do avião.

Jackson Follmann
O goleiro perdeu parte de sua perna direita e encerrou sua carreira nos gramados aos 24 anos. Depois do acidente, Follmann casou, abriu uma clínica para amputados em Santa Catarina, e também se tornou relações públicas e embaixador da Chapecoense.

O ex-goleiro encontrou na música uma forma de se reinventar. Follmann participa do programa Popstar, da TV Globo, e está liderando a disputa da competição musical, sendo um dos favoritos para vencer. Ele demonstra estar empolgado e não descarta a possibilidade de ser cantor profissional ao fim da competição. Por meio de suas redes sociais, ele compartilha com seus seguidores diversos vídeos cantando.

“Antes de ir para o futebol, tinha uma banda com meus amigos e cantava em festivais. Minha vida sempre foi feita de desafios e esse é mais um que eu vou encarar da melhor maneira possível. Hoje, estou cheio de vontade de viver”,afirmou durante a estreia do programa.

O acidente
Na madrugada de 29 de novembro de 2019, a aeronave 2933 da empresa LaMia, que levava a delegação da Chapecoense para a primeira final da Copa Sul-Americana, que seria contra o Atlético Nacional, saiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, rumo à Medellin, na Colômbia. O avião caiu e bateu no Cerro El Gordo (depois rebatizado de Cerro Chapecoense) quando se aproximava do aeroporto José Maria Córdova.

A investigação conclui que a queda aconteceu por falta de combustível na aeronave. As autoridades apontam que funcionários aeroportuários e de aviação civil e da LaMia foram os culpados pelas graves falhas técnicas, vitimando 71 pessoas, a maioria jogadores da Chape.

Fonte: SportBuzz

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