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A tecnologia pode até unir quem está longe, mas separa quem está perto

É comum nos dias de hoje vermos casais saindo para jantar juntos, porém ambos ficam vidrados nos próprios telefones, a ponto de nem se olharem. É comum vermos reuniões de família onde não há conversa e quando você vai ver o motivo, é porque estão todos “conectados”. Infelizmente, estas situações vêm sendo cada vez mais frequentes e se tornando normais para muitos e isso é triste.

Ao mesmo tempo em que a tecnologia proporciona a você conseguir matar a saudade daquela pessoa que você adora e que está no outro lado do mundo, ela também te distância de quem está do seu lado. Pais e filhos estão mergulhados nas tecnologias que só distanciam. Namorados estão colocando fotos juntos, nas redes sociais, sem se quer trocarem olhares quando podem fazer isso. O fato é que estar próximo fisicamente já não é o suficiente.

Uma certa vez eu e meu marido saímos para jantar e vimos um casal muito elegante chegando no mesmo restaurante. Sentaram em uma mesa próxima a nossa. Enquanto conversávamos, reparamos que eles não falavam. Quando olhamos para a mesa do casal, o que vimos eram robôs, entregues aos seus smartphones. Então sentimos a necessidade de prometer um ao outro que jamais permitiríamos que o mesmo acontecesse na nossa união, afinal, um sempre será mais interessante ao outro do que qualquer coisa na internet.

Aqui em casa mal tocamos nos nossos celulares. Eles ficam de lado, porque somos humanos e precisamos conversar com quem amamos. Depois de um dia de trabalho é saudável contar sobre o seu dia a quem você ama e falar de qualquer coisa, inclusive do tempo.

Acho que realmente é uma questão de saúde você saber dosar o quanto utiliza do seu celular, das redes sociais. É uma questão de saúde você perguntar ao seu filho como foi à escola e ler a ele um bom livro. É uma questão de saúde colocar o papo em dia com os amigos e familiares sem precisar usar o whatsapp. É uma questão de saúde nutrir as relações com trocas de olhares e de abraços.

É bom lembrarmos que nada é para sempre, que quando menos esperamos as pessoas se vão e, o tempo não perdoa os momentos de desinteresse, que permitimos na ignorância. Portanto, quando puder abraçar abrace, quando puder beijar beije, quando puder olhe nos olhos daqueles que importam para você e faça com que se recordem da sua voz e dos seus lábios dizendo “eu te amo”.

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