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Assistente social da comarca de Quilombo conta como concilia o trabalho no fórum com a maternidade

Em 2007, quando passou no concurso do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a concordiense Alessandra Minosso Winck se mudou para atuar na comarca de Quilombo como assistente social. Seria temporariamente, já que a ideia era tentar uma transferência para a cidade natal. Mas como nem tudo sai como o planejado, Alessandra se casou e ficou em Quilombo, mesmo.

“Não estava nos meus planos ter filhos. Mas após três anos de casamento, chegou o Pedro. Foi bem difícil conciliar o trabalho com a maternidade”, lembra. Se ter filhos não era objetivo de Alessandra, imagine quando ela teve a notícia de outra gravidez, três anos depois, de gêmeos. Os colegas de trabalho foram os primeiros a saber.

“Na volta do exame de imagem, passei de sala em sala, corri até no gabinete do juiz, para contar que teria gêmeos. Se já estava difícil, como seria com três crianças?! Eu estava apavorada!”, conta a assistente social.

Sem familiares por perto, Alessandra conta com a colaboração dos colegas do fórum que auxiliam na demanda do setor de Serviço Social para que ela possa garantir os cuidados com as crianças em visitas ao médico, por exemplo. Com um pouquinho de esforço, tudo vai se tornado possível.

“Lucas e Vicente não tinham 20 dias quando precisei ir a Curitiba/PR para concluir um curso de especialização. Eles foram comigo. O cronograma das bancas atrasou e meu peito estava ‘explodindo’ de tanto leite. Não é fácil, mas com episódios como este consigo conciliar o trabalho com a maternidade, sem deixar de me aperfeiçoar para atender as necessidades da minha função”, divide.

A família toda já está acostumada com almoço às 11h para que a mamãe não se atrase para o trabalho. Os três meninos, hoje com nove e seis anos, vão para a escola à tarde para facilitar a organização. Neste período de isolamento social, todos estão em casa. Há alguns dias, Alessandra participou de uma reunião virtual com outras assistentes sociais forenses da região durante a tarde. À noite, teve uma surpresa.

“Só consegui olhar o celular à noite e tinha uma foto dos meus filhos gêmeos no mercado do bairro. Estavam de pijamas e de máscara, cumprindo as normas. Usaram o ‘cofrinho’ para comprar doces. O vizinho enviou a foto. Se não fosse assim, nem saberia que tinham fugido”, confessa.

Apesar das adversidades do dia a dia, Alessandra diz que costuma encarar as situações com bom humor e entender que, de alguma maneira, “as coisas estão indo bem”. Este é o segredo, segundo ela, para conseguir conciliar o trabalho no fórum com a maternidade.

Agora, na quarentena, consigo aproveitar mais eles. Ficamos mais tempo na cama, abraçados, sinto o cheirinho deles. É uma delícia. Todos perguntam se vamos tentar uma menina. O problema é se vier duas, mas não tem problema. Aí compro uma van”, brinca a assistente social que entendeu que o amor dos filhos é o maior presente que uma mãe pode receber, em qualquer época do ano.​

Elizandra Gomes
Núcleo de Comunicação Institucional/Oeste

 

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