SC descarta restrições no turismo para feriado antecipado de SP e RJ

O feriadão decretado em São Paulo e no Rio de Janeiro, para conter a circulação de pessoas, pode impactar na movimentação de turistas em Santa Catarina. Nem o Estado, nem as principais cidades turísticas, terão restrições específicas para conter o fluxo de visitantes nos próximos dias.

Embora a rede hoteleira não tenha expectativa de um grande volume de hóspedes , espera-se um maior contingente em imóveis de veraneio – próprios, ou alugados por temporada.

No Litoral de São Paulo, as prefeituras da Baixada Santista estabeleceram restrições conjuntas para evitar a movimentação turística. As praias foram fechadas, o setor de hospedagem está proibido de receber visitantes, e os municípios pediram ao Estado controle nas estradas que dão acesso à região.

Em maio do ano passado, quando São Paulo tomou a mesma medida de decretar feriado prolongado para conter a circulação de pessoas, Florianópolis proibiu os aluguéis de temporada em imobiliárias e aplicativos. Outros municípios, como Balneário Camboriú, restringiram a circulação de ônibus.

Sem fechamentos, Santa Catarina quer apostar na conscientização. O presidente da Santur, Mané Ferrari, diz que o Estado está trabalhando em uma campanha de esclarecimento e estimula os estabelecimentos turísticos a aderirem ao selo Viaje + Seguro SC, que estabelece protocolos de atendimento e controle de aglomerações.

Ações informativas serão reforçadas nos estabelecimentos turísticos e nos aeroportos e rodoviárias do Estado nos próximos dias.

– O momento é de mostrar que temos regras e a as regras precisam ser cumpridas por todos – diz Ferrari.

Baixa procura

Na rede hoteleira, a procura é baixa. Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em SC (ABIH-SC) indica que a lotação máxima nos estabelecimentos do Estado não deve passar de 60% no feriadão de Páscoa. A maioria dos hotéis espera menos ocupação do que isso.

O volume de reservas contraria as expectativas do setor para o mês de março, que era aguardado como uma possível recuperação. O agravamento da pandemia, com colapso do sistema de saúde em todo o país, levou a uma redução natural do fluxo turístico.

Fonte: NSC total / Foto: Fabiano Correia, Arquivo NSC