SC tem o mais alto índice de ocupação de UTIs da pandemia; taxa chega a 82,9%
O sistema hospitalar público de Santa Catarina passa pelo momento mais crítico da pandemia, com os leitos de UTI beirando a lotação. Há oito dias, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva não baixa de 80%. E nessa quinta-feira (30), o índice ficou ainda pior, com 82,9% das vagas ocupadas. Significa que 1.142 pessoas estão hospitalizadas para tratamento de coronavírus, de outras doenças ou por consequência de acidentes.
Nessa quinta-feira o Estado também passou a marca de 80 mil casos de coronavírus. O número de pacientes em acompanhamento, chamados de casos ativos, chegou a 12.275.
Pelo menos 1.042 pessoas já morreram por complicações com a Covid-19.
O levantamento da NSC é baseado em dados oficiais divulgados diariamente pelo governo do Estado, via Secretaria de Estado de Saúde. Os números são os mesmos encaminhados diariamente ao Ministério da Saúde.
Veja o aumento do índice total em UTIs de SC
Maior número de hospitalizados com covid-19
Antes mesmo de encerrar o mês de julho, o Estado também atingiu o número mais alto de pessoas internadas nas redes pública ou privada por conta da covid-19. Segundo dados do governo catarinense, há 630 pacientes em UTI para tratamento da infecção causada pelo vírus, dos quais 227 são confirmados e outros 403 suspeitos.
Veja o aumento na procura de leitos de UTI em SC
Situação por região
De modo geral, a ocupação do Estado se aproxima de um colapso. No entanto, algumas regiões estão em situação mais grave. Se consideradas as regiões de saúde de SC, quatro, das sete que existem apresentam taxas de ocupação acima de 80%.
É o caso da Foz do Rio Itajaí, onde o índice de leitos adultos, pediatricos e neonataistendo passou de 90%. As vagas para adultos chega a 97% e tem os pacientes com covid-19 como a principal causa da lotação. Essa também é a região mais afetada pela pandemia em relação ao número de pacientes que necessitam do tratamento em UTI.
Confira a ocupação por região
Também demandam ações mais efetivas de enfrentamento à pandemia e reforço nos hospitais as regiões do Meio-Oeste e Serra, do Planalto Norte e do Vale do Itajaí.
A primeira região da saúde, que abrange Meio-Oeste e Serra, registra 82,5%.
As duas últimas passam da marca de 85%.
Já na Grande Florianópolis, no Oeste e no Sul, os quadros são melhores, com índices abaixo de 80%, mas também demandam atenção.